segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Uma festa de semi amigos no ninho da família "11"



                              UMA FESTA DE SEMI AMIGOS NO NINHO DA FAMÍLIA "11"


                   Eu definiria os "semi amigos", como aqueles sujeitos, que se encontram naquela "zona híbrida", meio cinzenta, e cuja característica principal, é a camuflagem, assim meio camaleão, fingem ter amizades, com apenas o pretexto de beneficiar-se.
              Esse tipo de gente, dá muita importância as relações sociais, não perdem eventos políticos, aniversários, casamentos e enterros. Sorriem por qualquer coisa, gostam de cumprimentar  de forma efusiva, são adeptos de abraços calorosos. 
              Quando se encontram,  para  conversarem, o diálogo é sempre  superficial... se resume a tudo bem? o que tem feito? ... e sempre contam as mesmas  histórias...
             Mas quero falar sobre um " É VENTO" recente, um encontro  que ocorreu em uma fazenda bucólica, onde foi comemorado o aniversário do "04", o filho  "ungido" do Prefeito da cidade de Itapajé. A festa foi de arromba, muita comida, bebida, repleta de "semi amigos", que dançavam ao som de uma banda presente.
            Tudo transcorreu  dentro do esperado, exceto a lesão corporal de uma convidada ... mas com a operação abafa ... quase todos ficaram caladinhos.
            Ao dirigir-se aos convidados da Irmandade, o Prefeito cumprimentou apenas os "cardeais" presentes, não deu  muita  importância ao "baixo clero", haja vista que estes, não passam de "fermento do bolo" para aumentar a massa.
            Ao usar o "parlatório", não poupou elogios ao "04"... o filho aniversariante ... a festa era um presente merecido ... sobretudo pelo "trabalho voluntário" que ele realizava...isso até me lembrou Gandhi...  Nelson Mandela ... e Madre Teresa de Calcutá ... quanta caridade!!! Irá ganhar um Nobel... por tanta realização generosa..
           É  fato que todos comeram, beberem, dançaram ... e até se exaltaram ...  mas como não existe almoço de graça,  quem pagou a conta do "É VENTO"? O sujeito oculto? o sujeito indeterminado? ou a oração não tem sujeito? ou o sujeito é o contribuinte?
                  Nas relações políticas, o que existe, são centenas de conhecidos, muitos são parceiro de conveniência, são conspiradores  que se unem. Desonestos  tem cúmplices, não amigos. Pois os verdadeiros amigos, são poucos e escassos ao longo da vida, e não estão diariamente em nossa frente, mas estão em nossa personalidade.
                 Num encontro de amigos, a amizade verdadeira, ultrapassa o oportunismo do convívio e as atividades circunstanciais. Bater palmas em evento político, solidarizar-se com  dor e doença, não é sinal de amizade. 
                Fale do seu sucesso diante dessa gente!!! diga que está muito bem e vai melhorar  muito mais. Vejam o sorriso amarelo estampado no rosto delas!!!
                Lanço um desafio, caso um dia, você queira balançar a árvore da vida, não se assuste com a quantidade de pessoas interesseiras, falsas que irão cair dela. Na vida, talvez seja bem melhor uma árvore vazia, e com espaço para novos frutos, ao estar cheia de frutos podres...
                  Para esse tipo de gente como os semi amigos, puxa saco  oportunistas, você só presta quando tem algo a oferecer. Tem alguma dúvida? espera terminar o mandato, e veja os convites de aniversário dos que lá estiveram irão receber!!! 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Os padres ... a política e a fé ...



                                  OS PADRES ... A POLÍTICA E A FÉ ...  

                        Os clérigos (Padres e religiosos), são proibidos de assumirem cargos públicos?  mas eles obedecem ? ou pagam pra ver? Vejamos o que diz as Normas do direito Canônico. O Cânon 285, § 3º diz:  " .... os Clérigos  são proibidos de  assumir cargos públicos que impliquem participação no poder civil.
                        Sobre o mesmo tema, o Cânon 287, § 2º  afirma: " .... que os clérigos não tenha parte ativa em partidos políticos e direção  de associações sindicais  (...) . Vale o escrito? E se vierem a infringir?  É-lhes vedado, o execício ministerial presbiteral, apenas ficam impedidos de  celebrarem os sacramentos, sobretudo a eucaristia.
                        E quando eventualmente  os clérigos são eleitos, são suspensos da ordem enquanto estiverem  no exercício do mandato. Como a temática, ser ou não ser candidato, tem sido um assunto recorrente,  refiro-me  a uma nota recente, publicada pela Diocese de Itapipoca.
                        Diz a nota :  " ... o Padre Marques fará  sua desfiliação partidária, não terá compromisso político, nem para si, nem para outras pessoas."  Mas há de se perguntar, por que o Cânon não era cumprido? Por que ao mesmo tempo que trata de proibições,  há uma janela aberta, que o assunto fica a critério da autoridade eclesiástica.
                       A  história está repleta de religiosos envolvidos na política. Na França, no reinado de Luis XIV,  o Cardeal Richelieu, foi um poderoso 1º Ministro. No Brasil, no 1º reinado, Padre Feijó foi o Regente face a menor idade de  Pedro II.
                       No Ceará, o Padre Cícero, foi um destacado líder político, foi Prefeito de Juazeiro e Vice  Governador do Estado. 
                       Em  decisões mais recentes, o Arcebispo afastado de João Pessoa, D Aldo Pagotto, publicou norma que determinava a suspensão  do uso da ordem de  Clérigos envolvidos  em política partidária. A decisão foi obedecida? alguém deixou de ser Padre  ou Frei? Citem um caso de alguém que perdeu a  batina!!!
                       Na Paraíba, contrariando a decisão, Padre Luis Couto e Frei Anastácio se candidataram, tendo sido o Frei reeleito Deputado Federal em 2018. Qual a punição? ficaram impedidos de celebrar os sacramentos e só. 
                       Em  S Paulo, O Padre Afonso entre 2002 e 2014, exerceu três mandatos consecutivos de Deputado Estadual, não se reelegeu para o 4º, mesmo assim a Diocese de Taubaté permitiu que ele mantivesse as suas funções.
                       Outro caso  é em Alagoas,  o atual Prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo, desafiou  a Diocese de Palmeiras  dos Índios,  que tinha proibido a sua candidatura, foi eleito, e acabou apenas suspenso da ordem temporariamente.
                       Hoje, os Clérigos envolvidos na política são inúmeros, vejam  os exemplos. Deputados Federais, Padre João (MG), Frei Anastácio (PB). Deputados Estaduais Padre Pedro (MG). Prefeitos  Padre Pedro, Beberibe -CE; Padre Inaldo, Nossa Senhora do Socorro-SE;  Padre Walmir, Picos - PI; Padre Jozias, Peritoró-MA; Padre Glaibson, Dianópolis-TO; Padre Eraldo Delmiro Gouveia-Al.
                       Há de se  lembrar, que o Vaticano é um Estado, possui representação diplomática nos países que são os Núncios,   e são Clérigos, então não há de se negar a participação política ,   nas relações internacionais.
                      Quanto a nota da Diocese de Itapipoca, vimos que há uma "flexibilização", e  temos que considerar ainda,  que em maio de 2019, D. Cavuto será alcançado pela "PEC da Bengala",  terá que afastar-se da Diocese, por completar 75 anos. O próximo lance, é pagar pra ver, o recuo pode ser estratégia política, até porque  o custo benefício da  desobediência compensa, alguém duvida?