segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Precatório dos professores ... de Itapajé"o vento levou ..."

PRECATÓRIO DOS PROFESSORES ... DE ITAPAJÉ "O VENTO LEVOU..."                                  

                  Passado a "euforia do precatório",  que lembra  o filme "O vento Levou", o sonho dos professores melhorarem um pouquinho de vida, tornou-se página virada, hoje parece ser coisa do passado.  A realidade  salarial  que nos espera, da atual administração, não  há o que comemorar comemorar.
           No âmbito federal, ao apagar das luzes, do governo Michel Temer, foi concedido o reajuste do piso nacional do magistério, o percentual de 4,16%, sem descontar a inflação. Foi mais um descaso, para com a carreira do magistério. Moramos em um país,  onde jamais a profissão de professor, terá o reconhecimento.
          A  "fraude" do reajuste,  estabelecida por uma Portaria do MEC, as véspera do natal, atropela o art. 5º da Lei do Piso, como previsto na Lei 11.738/2008, é um viés onde os princípios são ignorados, é o jeitinho prescindindo  dos direitos sociais.
          Os  professores, os maiores interessados, ninguém diz nada, "tudo caladinho", todos mudos, os "cidadãos críticos", já não conseguem defender nem a si mesmo.
          Aí vem o Prefeito, para  abertura de semana pedagógica, que marca o  inicio  do ano letivo de 2019, e diz que a prioridade é a educação, que o professor deve trabalhar por amor. Quanta hipocrisia, é como se a alienação tivesse se tornado uma epidemia. Quem é que paga conta com cheque de amor?  Nem quenga...
                  Historicamente o Piso do magistério, tem sido uma fraude, um calote. O art. 5º da Lei do Piso, é bem claro, o reajuste anual do piso, será o valor do custo aluno, para o ano correspondente.
                  Vejam, se em 2008, o custo aluno anual foi  estabelecido em R$ 1.132,34 e o valor  vigente para 2019 é de R$ 3.238,52, o crescimento do período é de 186%, e esse deveria ter sido o  percentual a ser corrigido no valor do piso no período.
                   Sob esse enfoque, calculando o piso legal, que em 2008 representava R$ 950,00 , aplicando-se o mesmo percentual de correção, o valor atual seria de R$ 2.717,00, mas ele vale apenas R$ 2.557,73. 
                   Mas no país do "jeitinho", uma lei não vale nada, aí prevalece uma portaria do MEC, que estabelece um percentual de 4,16%, enquanto que custo anual do aluno foi elevado em 10,65%. O acréscimo financeiro desse piso pirata é fabuloso, R$ 102,38.  
                   Com uma elementar educação financeira,  dividindo por 30 dias, você disporá  de R$ 3,41 para serem gastos por dia. Caso queira ir as compras, você poderá comprar, duas cabeças de alho,  ou talvez cinco mangas, sete pãozinho,   é possível também comprar uma pilha palito.
                   Mas há exceções de reconhecimento no Brasil, e exemplos de municípios a serem seguidos. No município de Costa Rica no Paraná, os professores  ao final do ano de 2018, receberam  não só o décimo 13º, mas 14º, 15º, 16º e metade do 17º. Milagre?  Não!!! reconhecimento valorização, e administração honesta.
                   Não se desesperem professores!!! coragem!!! fé no Senhor !!! se Moisés  teve que esperar quarenta anos para atravessar um deserto... porque nos haveria de faltar forças, para suportar quatro anos  governados com uma cruz? 

domingo, 27 de janeiro de 2019

A Fábula da corrupção


                                             A FÁBULA DA CORRUPÇÃO


              A  fábula da corrupção, é uma interessante "estória"  produzida pela CGU e o Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime.  No princípio, o ponto de partida são pequenas atitudes desonestas, e de forma gradativa avança até minar o campo moral do indivíduo.
               No Brasil, a corrupção tem se alastrado como uma praga,  desde estados importantes até municípios de pouca expressão. Infelizmente,  muita gente se dispõe a realizar esse trabalho sujo, em troca de vantagens.
              Durante as campanhas políticas, muitos  participantes se apresentam  com destaque na "comissão de frente", para ratificar  o efetivo apoio ao candidato escolhido, e torcem para que este seja o vencedor sufragado nas urnas.
             Quantos por aí, investidos em cargos como "moeda de troca", não se "sujam" em Comissões de Licitação, acertando preços, fraudando resultados para direcionar vencedores?  E quanto as  vultosas compras de livros,  será que são escolhidos os melhores? ou o "melhor, é o maior percentual oferecido.?" coincidência , representante de editora em festa comemorativa ao dia do professor?
            Ahh!!! se as paredes dos almoxarifados falassem!!!   por que as escolhas dos que ali trabalham  obedecem a "critérios"?  será que as notas correspondem  as entradas, e as saídas  representam a verdade  contábil?
           E os laranjas.... que emprestam nome,  CPF , criam empresas só no papel, para que recursos  públicos sejam desviados para compra de bens,  enquanto  isso a saúde pública agoniza, a educação, e o saneamento é um faz de conta?
          Alguns, ao assumirem cargos públicos, parecem ter o "dom de Midas", tudo que tocam  se transforma em ouro.  Sem ajuda de Aladim, sonham com um "cruzeiro" o transatlântico aparece e viajam. Outros desejam uma panificadora, de manhã já tem pão quentinho, outros(as)  se imaginam  em um Corolla, ao amanhecer já está na garagem.
         Mas antes de tudo, é preciso entender,  quais fatores podem  desestabilizar, um ambiente que antes era harmonioso, e transformado em um caos, quando nele ingresse um indivíduo mal intencionado.
         Tomemos como exemplo, a escolha de um "corrupto" para administrar um município, as consequências  serão devastadoras. A saúde pública , o saneamento, a educação, a infraestrutura serão levados a falência.
        Vejamos o caso da fábula, e depois compare com o nosso mundo real.
         A margem de uma estrada, havia um pequeno armazém, onde passavam inúmeros viajantes, e cujo proprietário era João. O comércio prosperava, era vigiado por um cão para afugentar ladrão, havia um gato para  caçar ratos, e tinha um jumento  que servia de montaria e transporte de cargas.
         Um  dia, caiu de uma carroça que ali passava,  um "ratão",  e este logo escolheu como morada o armazém  do comerciante. Sem perda de tempo, juntou-se a outros ratos que ali habitavam. foi logo reclamando que a toca era fedida,  pouca comida e a culpa era do gato miserável.
         Desaforado, procurou o gato, e disse: "você cuida do que não é  seu!!! façamos um acordo, você arruma comida, e eu te dou um rato por dia!!! O gato orgulhoso aceitou a vantagem, e contou para o cão. E este para não contar para o patrão, mandou o gato trazer muita comida do armazém.
         O comerciante ficou espantado,  com a rapidez com que acabavam  os alimentos, e teve que ir a cidade comprar mais mantimentos.  Diante da facilidade, os ratos se mudaram para  perto do fogão, o gato passou a ganhar dois ratos, e o cão pediu aumento da alimentação.
         Nesse ritmo,  o armazém esvaziava, o gato queria mais ratos,  cão queria mais comida, até que passou a desejar uma coisa ,que só pertencia aos homens, dinheiro. O gato com medo do cão, passou a roubar o caixa, e o cão sem saber o que fazer, enterrava o dinheiro.
         Desgostoso, o comerciante  vendeu a casa e o armazém, subiu no jegue e seguiu viagem. Sem saber para onde ir, o "ratão" arrumou um armazém mais distante, mar ao botar em prática o velho plano, foi pego por um gato honesto.
         O cão lembrou-se do dinheiro furtado que enterrou, disse adeus ao gato, mas ao chegar no esconderijo, o buraco estava vazio. Perambulando sem dono, acabou pego pela carrocinha. Quanto ao gato, aprendeu a dividir restos de comida, com uma velhinha deu lhe deu acolhida.
         O comerciante, abriu um novo negocio. como conseguiu? o jegue tem a explicação, via tudo o que os bichos aprontavam, e arrependeu-se de ter ficado calado, mas  mostrou para o dono onde o dinheiro estava enterrado.
         Não era muito, mas o bastante para recomeçar. Mas a partir de então,  jurou pra si mesmo,  que teria mais cautela  ao cercar-se de bichos de confiança, e recomendaria também isso aos homens.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Uma lenda apache



                                                              UMA LENDA APACHE

                             Conta uma lenda apache, que os antigos relatam,  que o filho guerreiro mais  velho, deveria conduzir  o pai  para o "Campo Santo",  para que la morresse, quando  não pudesse  caçar e nem pescar, e este se tornasse um estorvo para a aldeia.
                             Um dia um jovem guerreiro, percebendo que o pai não tinha mais força para caçar, e nem manter-se sozinho,  contrariado arrumou um grande alforje, contendo os pertences do pai, alguma comida,  aparatos de caça e de guerra, e levou-o para morrer, em um "Campo Santo".
                             Empreendera a viagem, e ao chegar colocou o pai em uma tenda. Arrumou todas as coisas, e deu a ele um cobertor novo e muito grande e felpudo. E disse ao pai: esse é o melhor cobertor que um apache pode ter, e é por isso que estou lhe dando, pois você foi o melhor pai que um apache pôde ter.
                            O velho após ouvir o que o filho disse,  pegou o cobertor cortou ao meio, dobrou  uma das metades e disse:  não preciso de um cobertor tão grande, por isso peço  que guarde a outra metade, porque o seu filho pode não ser tão generoso, quanto você foi comigo.
                            O jovem não conteve a emoção, julgou-se o mais ingrato do mundo, por não retribuir tudo de bom que o seu pai fez. Pois o pai mesmo sendo abandonado no "Campo Santo", ainda se preocupava com ele.
                            Não se conteve, desmontou a tenda e juntou todos os pertences, e levou o velho pai de volta a aldeia, e a partir daquela data, os velhos não mais seriam abandonados em um "Campo Santo" para morrerem.
                            E  ficou decidido,  que estes se constituiriam, no "Conselho de Anciãos", com experiências de vida, participariam de todas as decisões importantes, a serem tomadas por aquele povo.
                           Desde então, o destino do povo apache, era submetido ao "Conselho dos Anciãos", que era composto pelos índios mais velhos da aldeia, e nunca mais um velho pai  foi visto como um ente imprestável,  que quando não mais  conseguisse manter-se, pudesse ser abandonado.
                                           

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Os urubus da política na terra do frade de pedra

                        OS URUBUS DA POLÍTICA NA TERRA DO FRADE DE PEDRA 


                     O atual Prefeito de Itapajé, mesmo sendo uma pessoa pública, tem uma profunda aversão a críticas. Recentemente durante uma entrevista, concedida a uma rádio local, sobre a sua  (falta de) administração, ele afirmou: " ... aqueles que me criticam .... e discordam  do meu governo ... são uns abutres ... e que não querem o bem de Itapajé..."
                      Pensei um pouco, sobre o que o Prefeito disse, e cheguei a conclusão que, há controvérsias  não só quanto ao "querer bem",  mas em relação aos "bichos de pena" a que o doutor se refere. Entretanto há uma certeza, na atual administração , "carniça" ocupando cargo público, há de sobra, ... mas abutres... não!!!
                      Talvez por ignorância geográfica,  o Prefeito  desconhece, que a espécie a qual ele se refere, pertence a família  accipitridae, esta é originária do velho mundo (África, Europa e Ásia),  e há de considerar, que essa ave possui porte avantajado.
                      É possível, que as ofensas dirigidas aos  eleitores, que não compactuam  com os seus mal feitos, a ave que ele se referiu,  tenha sido o nosso conhecido urubu, mas este é uma ave bem menor, e pertence a família catharidae, sendo originária do continente americano, e o que há em comum entre ambas, é o apreço por carniça.
                      Mas o cerne da questão, não é  a ignorância do Prefeito , em não saber diferenciar, um abutre de um urubu. Causa-me perplexidade, é a sua falta de espírito democrático, ao ofender os eleitores, que criticam a sua incompetente gestão, e serem chamados de "abutres".
                      Entendo, que  a ave de natureza saneadora, foi ofendida, pois alimentar-se de carniça é uma prática louvável, e que contribui para uma  melhor qualidade de vida, evitando a propagação de doenças. Agora, quanto a forma pejorativa de "abutres", ela é compatível  com os maus políticos, que se utilizam de cargos públicos, para  beneficiarem a si e familiares.
                      Vejam como tem sido, os processos de escolha dos candidatos a prefeito, em nosso município. Profissionais da política, com vínculos de DNA, em conluio com bandos de inescrupulosos, se articulam  de modo a conquistarem o poder.
                       Quem já não viu, o povo sendo tangido feito gado, em passeatas sem propósito, como se fossem um bando de débeis mentais!!! Onde está o sentido de avenidas cheias, com o povo em transe ao som de pancadões, forró da moda, juntos com alegorias e personagens, como a "mulambuda" ..."a tigresa do BB"... "o urso enforcado" ... " a xuxa do 14" ..."os blue mans" e tantos outros...?
                       Tem sido assim, a cada quatro anos, sem nenhum compromisso, os eleitos assumem o governo, como se fossem senhor da vida e da morte, imaginam que os bens públicos  são propriedade privada. Ao invés de promoverem o bem comum, sugam os recursos  pelos atalhos das empresas de fachada, das assessorias e consultorias.
                       Aqui não temos abutres "doutor"!!! mas não tem faltado "os urubus da política", e as carniças estão por toda parte. E só não vê quem não quer!!!  Olhem para o Hospital Municipal, está em estado de abandono, paredes imundas,  cheias de salitre e mofo, as camas parecem que vieram da sucata. Não há sequer uma bolsa de sangue,  se há uma  emergência,  sobra a boa vontade dos profissionais,  e uma ambulância  para conduzir a  hospitais de referência.
                      A fome  desses urubus da administração pública, é  insaciável, vejam quanto devoraram da Previdência Municipal, só na sua  gestão!!! a soma já ultrapassa R$ 3000,000,00 e as vovozinhas nada dizem?  Pulam em passeatas,  mas   não  exercitam a cidadania... essa gente que nos administra... é como não houvesse  amanhã, vivem o momento.
                      E a educação? ela existe? quem vê as avaliações? quase ninguém fala, falta muito pra melhorar!!! e ainda dizem: "vamos esverdear!!!" só se for com muito balde de tinta. Quanto a transporte escolar, a precariedade tem sido recorrente, continuará tão ruim quanto ao ano que passou,  quem viver verá.
                      Nos contentamos com muito pouco, a crise só é para o povo, muitas vezes basta reformar uma praça com tijolos de cimento, instalar um "quebra molas quadrado", iluminar uma praça com neons azuis .
                      Não acredito em um administrador, que não tem espírito público, que é egoísta, que tem "os olhos maiores do que a cara", que não gosta do povo, que tem desprezo pelos professores,  que cultiva a vingança, e vive a destilar ódio e ressentimento, e que é incapaz capaz de promover o bem comum. Se   nos arrumaram esse camelo que aí está!!! por que teremos que arrumar um deserto...? pois  nele nem cacto irá florescer... ...!!!