APRENDIZAGEM DE ITAPAJÉ NO VERMELHO
Os resultados expressivos, tão alardeados no município, como no caso da Escola Profissionalizante, que é estadual, é um ponto fora da curva. Alunos desta instituição, são escolhidos de forma seletiva, e por dedução, apresentarão melhor performance, representando um percentual muito pequeno no universo escolar; como expressão de excelência.
Na contramão de uma boa aprendizagem, o mínimo vem sendo oferecido, e de forma demagógica, pelos mentores de educação do município, e que provocará um dawinismo social de exclusão; onde somente os segmentos mais capazes sobreviverão.
Os resultados sem expressão obtidos por alunos de escola municipais, é algo que choca, sobretudo na fase terminal, o 9 ano, vejamos o resultado do SPAECE - 2015, haja vista que o de 2016 não está concluso.
Na escola Luis Forte da Silva, em língua portuguesa, 73,8% estão no estágio de crítico e muito crítico. Em matemática, 94% o estagio é crítico e muito crítico. Sobre a escola Pe. Manuel Lima, outro desastre, em língua portuguesa, 43,9% a situação é crítica e muito crítica, e em matemática, 78% também estão no estado crítico e muito crítico e muito crítico.
Quanto a escola Zeca Paraíba, em língua portuguesa, 36,1% o estado é crítico e muito crítico, e em matemática, 73% estão no estágio de crítico e muito crítico. Na escola João Teixeira Saraiva(Científico) , em língua portuguesa, 49,1% o estágio é crítico e muito crítico, e em matemática, 81,4% o estágio é de crítico e muito crítico.
Ao reportarmos a escola Capitão Manuel Pinto, em língua portuguesa, 66,7% estão no estágio de crítico e muito crítico, e em matemática, 91,2% estão no estágio crítico e muito crítico.
O diagnóstico mostra, algo muito errado na aprendizagem. Males irreparáveis, estão sendo causados as classes populares, que os distanciarão cada vez mais do processo de inclusão. A correção se fará com a melhoria na estrutura física, direção com gestores competentes, submetidos em avaliação, professores habilitados, remuneração condigna para os professores, tempo para planejamento de aulas.
Respeito ao cargo de professor, onde não o transformem em "moeda de troca", onde graduandos não usurpem cargos antes de colarem grau, e que a via de acesso seja através de concurso público.
A farra de contratados em 2015, é o reflexo dos resultados do SPAECE 2015, a administração contratou 253 professores, mas não já tinha 360? foi assim que a média por sala , ficou inferior a 12,5 por professor, estouraram o FUNDEB, e levaram a CAPESI junto.
E agora? querem consertar tudo com essa seleção, 281 professores, com idêntico cadastro de reserva. Ora o que está ruim, vai ficar muito pior, nada acrescentará a qualidade, a não ser o estouro do FUNDEB, sem nada acrescentar a previdência do município .
Basta de teimosia, está correto o Ministério Público solicitar que se anule a seleção. Não temos nada o que comemorar, estamos entre os piores, também no SPAECE - ALFA , estamos atrás de Irauçuba, Tejuçuoca e S Luis do Curu.
Fomos mal no IDEB, uma porcaria. Escolham via concurso os melhores, remunerem o magistério com respeito, deem dignidade a carreira, que nem avaliação tem, não usurpem o abono do precatório do FUNDEF, dificultando o pagamento com recursos protelatórios, invistam em infaestrutura educacional, os quase R$ 14.000,000,00 que restam é muito dinheiro, ponham fim a essa praga de contratos na educação. A qualidade agradece.
Não nivelem por baixo, o conhecimento daqueles que mais precisam, isso é exclusão. Pois nada mais injusto para um administrador, é tratar igualmente os desiguais.