terça-feira, 10 de abril de 2018

O tesouro de um homem público


              O TESOURO DE UM HOMEM PÚBLICO



                  Suponhamos que   daqui a "1000" anos, arqueólogos  escavassem o  que  restou das ruínas de Itapajé, muito pouco seria  encontrado como  modelo  de civilização.         Junto aos vestígios, talvez fossem achados, traços de residencias  suntuosas, fragmentos de porcelanatos, azulejos "azuis", possivelmente castiçais de prata ou quem sabe crucifixos de ouro, sob as ruínas de algum altar ou   sacristia. 
                   Quanto aos achados, denotariam indícios de  uma sociedade harmônica e feliz? Longe disso, e não, seria  a resposta. O que estaria evidenciado, seria  um  desejo acentuado da "casta   dirigente" pelo poder, uma supervalorização  dos bens materiais cominados com o apreço ao prestigio social a  qualquer  preço.
                  Os  governantes  são alçados ao poder sem nenhum mérito. Mesmo sendo,  muitos   deles  indivíduos opacos,  mas por conveniência política,  são "ungidos  com água benta", e pelo viés do atalho, sem nenhum compromisso com o  social,  esses entes "amorfos",  matam a esperança, e deixam o povo profundamente infeliz.
                   E foi justamente sobre a felicidade, que um rei de terras longínquas, preocupado com a governança e bem estar de seus súditos, procurou incansavelmente, as respostas sobre suas angustias, e as obteve ao encontrar um "sábio ermitão".
                   Ao questiona-lo  fez três indagações:  qual a pessoa mais importante na vida de um homem?  qual a tarefa maior na vida desse homem? e qual o momento mais importante na vida de um homem? O ermitão refletiu demoradamente e respondeu: a pessoa mais importante, é a que está na nossa frente. Quanto a maior tarefa, é fazer as pessoas felizes.  E sobre o momento, é o momento presente.
                  Políticos chegam ao poder   com  a ilusão da conquista. Tornam-se  cegos quando estão no poder, esquecem e não vêem as pessoas que estão a sua frente, preocupam-se  em  tão  apenas acumular riquezas, não importando os atalhos e o viés da corrupção. Muitos tornam-se profissionais do crime, fazem da vida pública um modo de fazer negócios  sujos.
                  Ledo engano, para aqueles que chegam ao  topo de uma   montanha,  acreditando que  venceram,    e sem   compreender o  significado de uma escalada. Esquecem o que é honra, dignidade e caráter,  passam a   praticar toda sorte de crimes, saqueiam a   saúde e matam a  educação . Dito isso podemos afirmar,  que era mentira as promessas  políticas,que " as pessoas estariam em primeiro lugar"? fomos enganados ....? nos  fizeram   de tolos?
                  O tesouro mais valioso que um governante   (prefeito), ou um líder religioso ( vigário) possa  vir a ter,  e  deixar  como  legado, não está na sua capacidade em acumular riquezas,   nem na obtenção de castiçais de prata nem crucifixos de ouro, e nem tampouco ter o dom da oratória,  para convencimento de massas,  capazes   "ungir postes" para governança, e tornar um povo profundamente infeliz.
                   Lembremo-nos do general conquistador, Alexandre Magno, que ao cair  doente ainda  muito jovem, percebeu que seu   fim estava próximo e determinou que:
                  Os tesouros por ele conquistados, fossem espalhados ao longo do  caminho rumo ao seu túmulo. Quis também,  que suas mãos  ficassem  dependuradas fora   do  caixão, as  vistas  do povo. Surpreso, um dos seus  generais o interpelou:  qual a razão do   desejo tão incomum? 
                  Alexandre Magno respondeu: " quero que o terreno a ser coberto por meus tesouros, para que todos possam ver , que os bens conquistados, aqui permanecem.... quero   minhas mãos  a balançar ao vento, de modo que o povo possa ver, que sai de mãos vazias. E de mãos vazias quando começamos, termina o tesouro mais importante que é o tempo".
                  Fazer as pessoas  felizes, esse seria o maior  tesouro a ser  deixado por de um administrador  público;  não  foi dito que as pessoas  que elas estariam em primeiro  lugar? foi uma mentira que o povo acreditou? 
                  Sigam as pegadas de Alexandre Magno, " ... a  vida é  um trem bala ... e  a gente é só passageiro..."

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