sexta-feira, 22 de junho de 2018

A hipocrisia de " o país que eu quero..."


                                  A HIPOCRISIA DE "O PAÍS QUE EU  QUERO..."



              A mídia "global" tem veiculado de forma recorrente, o MOTE: "o país que eu quero." Quanta hipocrisia!!! meras exposições de poucos segundos, cujo propósito é expor um bando de alienados, opinando sem se dar conta, do que realmente se passa em nosso país.
              Tem um "monte" de gente gravando vídeo, "o país que eu quero" ... enquanto isso, sua cidade é  mal administrada, roubada por políticos desonestos; e eles não vêem o que se passa no seu próprio "terreiro", e ainda ficam ENCANTADOS em aparecerem na TV.
               Vivemos no país da  FANTASIA, no ritmo  da copa do mundo, do sonho de ser  "hexa campeão", tudo é festa, e ainda tem o S. João, e  logo virão as eleições, novas promessas  e antigas mentiras,  no formato de sonhos renovados.
                Basta de "ilusionismo", sensação de encantamento, na expectativa de vitórias na seleção, que de forma não tão sutil, tais conquistas; tem mais se prestado a uma "muralha", que tem protegidos  dirigentes corruptos; que em parceria com políticos desonestos, embolsaram bilhões nas construções e reformas de arenas esportivas. 
                Qual foi o legado do padrão FIFA? o chute no "traseiro"!!! foi  na economia do país,  obras superfaturadas, recursos desviados, e que hoje fazem falta a segurança, a saúde, a educação, a geração de emprego.  O que os 14.000,000,00 (catorze milhões) de desempregados tem a comemorar?
                No país "real" que eu quero, mas não posso; a economia patina por falta de investimentos, não há crescimento suficiente, os desempregados mais do que nunca precisam de educação qualificada, do contrário não serão competitivos no mercado de trabalho.
                 Quanto falso "patriotismo"!!! vai Brasil!!!  ser campeão mudará o que? quem de fato está preocupado  com o país? Os espertalhões que dele  se locupletam?  vejam  a situação da  educação de nosso país, ela não é prioridade, restringem verbas essenciais, mas não falta recursos para financiamento eleitoral.
                 O descaso é vivível, o governo federal é o primeiro a não cumprir o "piso legal" do magistério, o que tem por base o reajuste anual do custo aluno.  Vivemos de  um piso "pirata" estabelecido por portaria.
                  O mau exemplo vem de cima, estados e municípios não vêem a educação como  questão secundária, não estão nem aí,  PROFESSOR  é visto como inimigo. Há um  ataque generalizado, quanto ao descumprimento do "piso salarial do magistério", querem que reajuste tenha como base o INPC. Governadores e Prefeitos,  desrespeitam, aniquilam, destroem os Planos de Cargos e Carreira, não vêem diferença entre nível médio, graduado ou mestrado..,
                   Em inúmeros recantos do Brasil, a máscara da "educação de qualidade" tem caído, e as propagandas mentirosas tem sido  desnudadas, isso é fato quando o salário minimo do magistério, que é o piso é negado aos educadores desse país.
                  Diante de direitos aniquilados, no que se refere ao piso e a carreira, a  judicialização tem sido uma "praxe" para fazer valer direitos, quer por iniciativa de Sindicatos não pelegos,  quer por propositura do Ministério Público, ou até mesmo intervenções  corajosas de professores.
                  No  estado do Maranhão, o governador Flávio Dino, teve que curvar-se  a uma ação impetrada  por  UMA PROFESSORA, e que após condenação no Tribunal de Justiça, ele foi obrigado a pagar reajustes referentes a 2016, 2017 e 2018.
                  Também no Rio de Janeiro, no município de Cordeiro, o Tribunal de Justiça do Estado,  condenou o município a corrigir o piso salarial, em observância a carreira, considerando o período de 2000 a 2012. A sentença foi publicada em 2016, essa foi mais uma  ação INDIVIDUAL de uma professora que não só se indignou, mas teve atitude, CORAGEM para fazer valer o seu direito.
                  Em Sergipe, no município de Lagarto, o Juiz da Comarca, condenou o município em 2016, a implementar o piso do magistério, respeitando  os níveis do Plano de Cargos e Carreira. Mais uma vez os requerentes foram  TRÊS PROFESSORES corajosos que fizeram a diferença.
                  Poderia ir mais além, enumerar dezenas de casos judicializados,  tendo por iniciativa professores que VERGAM,  mas não se CURVAM  diante das injustiças, e  por acreditar na justiça,  tiveram seus pleitos acolhidos por juízes  exemplares, e Desembargadores corajosos.
                  No Ceará, o desprezo para com a educação não tem sido diferente, há uma desobediência generalizada quanto a implementação do piso. No município de Fortaleza, somente após ação ajuizada pelo SINDIFOR, é que o município  cumpriu a implementação do piso.
                  Tomemos  como mau  exemplo  o estado do Ceará,   pouco mais de 70 (setenta) municípios, implementaram o piso do  magistério para 2018, segundo dados da FETANCE. Uma vergonha!!! A União repassa os recursos, faz as complementações, repassa as verbas para o piso, e os gestores municipais não dão a mínima para a educação dos municípios que eles administram, e muito mal.
                  Muitos  dos gestores,  quando não "negam o piso salarial", que é o salario mínimo na educação, negociam vergonhosamente... Crateús, parcelou de  3 (três)  vezes os 6,81%; Jaguaretama, concedeu 1,95% e Iracema deu 3% em maio e 2% para 2019. Estamos diante da pior safra de gestores, esse povo considera professor "um lixo".  Pra que povo educado? é o que eles pensam !!! esse voto não vai pra corrupto!!!
                   Esse é o retrato  do Brasil real, onde muitos professores sob o "manto de cargos de direção e comissionados", "incentivo a gestão",  essa gente não dá um passo para lutar pelo piso salarial a que fazem jus,  inúmeros deles não estão "nem aí". Vejam a preocupação com o futuro...  enquanto a Caixa Previdenciária é "surrupiada" em mais de R$ 4000,000,00 (quatro milhões) dinheiro que lhes fará falta na velhice, fingem que nada está acontecendo.
                  E porque não falar do "abono do FUNDEF", onde  586 são beneficiários, e a maioria fica "enclausurada.  Diretores e Coordenadores do passado, tem  as mesmas atitudes no presente, são passivos omissos, não  lutam nem por eles mesmos,  sequer abrem a boca.
                  No país da fantasia,  os "alienados" fazem vídeo pra aparecer na "globo", põem  a bandeira durante a copa nessa farsa de patriotismo, gritam "vai Neymar' um milionário que nem sabe se você existe, enquanto isso a mídia esportiva fomenta a utopia  de um "brasil hexa", como numa mágica de ilusionismo, onde agora você vê, mas amanhã não verá mais...
                  Esse não é o  país, eu  quero ....
                  

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