domingo, 27 de janeiro de 2019

A Fábula da corrupção


                                             A FÁBULA DA CORRUPÇÃO


              A  fábula da corrupção, é uma interessante "estória"  produzida pela CGU e o Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime.  No princípio, o ponto de partida são pequenas atitudes desonestas, e de forma gradativa avança até minar o campo moral do indivíduo.
               No Brasil, a corrupção tem se alastrado como uma praga,  desde estados importantes até municípios de pouca expressão. Infelizmente,  muita gente se dispõe a realizar esse trabalho sujo, em troca de vantagens.
              Durante as campanhas políticas, muitos  participantes se apresentam  com destaque na "comissão de frente", para ratificar  o efetivo apoio ao candidato escolhido, e torcem para que este seja o vencedor sufragado nas urnas.
             Quantos por aí, investidos em cargos como "moeda de troca", não se "sujam" em Comissões de Licitação, acertando preços, fraudando resultados para direcionar vencedores?  E quanto as  vultosas compras de livros,  será que são escolhidos os melhores? ou o "melhor, é o maior percentual oferecido.?" coincidência , representante de editora em festa comemorativa ao dia do professor?
            Ahh!!! se as paredes dos almoxarifados falassem!!!   por que as escolhas dos que ali trabalham  obedecem a "critérios"?  será que as notas correspondem  as entradas, e as saídas  representam a verdade  contábil?
           E os laranjas.... que emprestam nome,  CPF , criam empresas só no papel, para que recursos  públicos sejam desviados para compra de bens,  enquanto  isso a saúde pública agoniza, a educação, e o saneamento é um faz de conta?
          Alguns, ao assumirem cargos públicos, parecem ter o "dom de Midas", tudo que tocam  se transforma em ouro.  Sem ajuda de Aladim, sonham com um "cruzeiro" o transatlântico aparece e viajam. Outros desejam uma panificadora, de manhã já tem pão quentinho, outros(as)  se imaginam  em um Corolla, ao amanhecer já está na garagem.
         Mas antes de tudo, é preciso entender,  quais fatores podem  desestabilizar, um ambiente que antes era harmonioso, e transformado em um caos, quando nele ingresse um indivíduo mal intencionado.
         Tomemos como exemplo, a escolha de um "corrupto" para administrar um município, as consequências  serão devastadoras. A saúde pública , o saneamento, a educação, a infraestrutura serão levados a falência.
        Vejamos o caso da fábula, e depois compare com o nosso mundo real.
         A margem de uma estrada, havia um pequeno armazém, onde passavam inúmeros viajantes, e cujo proprietário era João. O comércio prosperava, era vigiado por um cão para afugentar ladrão, havia um gato para  caçar ratos, e tinha um jumento  que servia de montaria e transporte de cargas.
         Um  dia, caiu de uma carroça que ali passava,  um "ratão",  e este logo escolheu como morada o armazém  do comerciante. Sem perda de tempo, juntou-se a outros ratos que ali habitavam. foi logo reclamando que a toca era fedida,  pouca comida e a culpa era do gato miserável.
         Desaforado, procurou o gato, e disse: "você cuida do que não é  seu!!! façamos um acordo, você arruma comida, e eu te dou um rato por dia!!! O gato orgulhoso aceitou a vantagem, e contou para o cão. E este para não contar para o patrão, mandou o gato trazer muita comida do armazém.
         O comerciante ficou espantado,  com a rapidez com que acabavam  os alimentos, e teve que ir a cidade comprar mais mantimentos.  Diante da facilidade, os ratos se mudaram para  perto do fogão, o gato passou a ganhar dois ratos, e o cão pediu aumento da alimentação.
         Nesse ritmo,  o armazém esvaziava, o gato queria mais ratos,  cão queria mais comida, até que passou a desejar uma coisa ,que só pertencia aos homens, dinheiro. O gato com medo do cão, passou a roubar o caixa, e o cão sem saber o que fazer, enterrava o dinheiro.
         Desgostoso, o comerciante  vendeu a casa e o armazém, subiu no jegue e seguiu viagem. Sem saber para onde ir, o "ratão" arrumou um armazém mais distante, mar ao botar em prática o velho plano, foi pego por um gato honesto.
         O cão lembrou-se do dinheiro furtado que enterrou, disse adeus ao gato, mas ao chegar no esconderijo, o buraco estava vazio. Perambulando sem dono, acabou pego pela carrocinha. Quanto ao gato, aprendeu a dividir restos de comida, com uma velhinha deu lhe deu acolhida.
         O comerciante, abriu um novo negocio. como conseguiu? o jegue tem a explicação, via tudo o que os bichos aprontavam, e arrependeu-se de ter ficado calado, mas  mostrou para o dono onde o dinheiro estava enterrado.
         Não era muito, mas o bastante para recomeçar. Mas a partir de então,  jurou pra si mesmo,  que teria mais cautela  ao cercar-se de bichos de confiança, e recomendaria também isso aos homens.

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