A FÁBULA DA CORRUPÇÃO
A fábula da corrupção, é uma interessante "estória" produzida pela CGU e o Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime. No princípio, o ponto de partida são pequenas atitudes desonestas, e de forma gradativa avança até minar o campo moral do indivíduo.
No Brasil, a corrupção tem se alastrado como uma praga, desde estados importantes até municípios de pouca expressão. Infelizmente, muita gente se dispõe a realizar esse trabalho sujo, em troca de vantagens.
Durante as campanhas políticas, muitos participantes se apresentam com destaque na "comissão de frente", para ratificar o efetivo apoio ao candidato escolhido, e torcem para que este seja o vencedor sufragado nas urnas.
Quantos por aí, investidos em cargos como "moeda de troca", não se "sujam" em Comissões de Licitação, acertando preços, fraudando resultados para direcionar vencedores? E quanto as vultosas compras de livros, será que são escolhidos os melhores? ou o "melhor, é o maior percentual oferecido.?" coincidência , representante de editora em festa comemorativa ao dia do professor?
Ahh!!! se as paredes dos almoxarifados falassem!!! por que as escolhas dos que ali trabalham obedecem a "critérios"? será que as notas correspondem as entradas, e as saídas representam a verdade contábil?
E os laranjas.... que emprestam nome, CPF , criam empresas só no papel, para que recursos públicos sejam desviados para compra de bens, enquanto isso a saúde pública agoniza, a educação, e o saneamento é um faz de conta?
Alguns, ao assumirem cargos públicos, parecem ter o "dom de Midas", tudo que tocam se transforma em ouro. Sem ajuda de Aladim, sonham com um "cruzeiro" o transatlântico aparece e viajam. Outros desejam uma panificadora, de manhã já tem pão quentinho, outros(as) se imaginam em um Corolla, ao amanhecer já está na garagem.
Mas antes de tudo, é preciso entender, quais fatores podem desestabilizar, um ambiente que antes era harmonioso, e transformado em um caos, quando nele ingresse um indivíduo mal intencionado.
Tomemos como exemplo, a escolha de um "corrupto" para administrar um município, as consequências serão devastadoras. A saúde pública , o saneamento, a educação, a infraestrutura serão levados a falência.
Vejamos o caso da fábula, e depois compare com o nosso mundo real.
A margem de uma estrada, havia um pequeno armazém, onde passavam inúmeros viajantes, e cujo proprietário era João. O comércio prosperava, era vigiado por um cão para afugentar ladrão, havia um gato para caçar ratos, e tinha um jumento que servia de montaria e transporte de cargas.
Um dia, caiu de uma carroça que ali passava, um "ratão", e este logo escolheu como morada o armazém do comerciante. Sem perda de tempo, juntou-se a outros ratos que ali habitavam. foi logo reclamando que a toca era fedida, pouca comida e a culpa era do gato miserável.
Desaforado, procurou o gato, e disse: "você cuida do que não é seu!!! façamos um acordo, você arruma comida, e eu te dou um rato por dia!!! O gato orgulhoso aceitou a vantagem, e contou para o cão. E este para não contar para o patrão, mandou o gato trazer muita comida do armazém.
O comerciante ficou espantado, com a rapidez com que acabavam os alimentos, e teve que ir a cidade comprar mais mantimentos. Diante da facilidade, os ratos se mudaram para perto do fogão, o gato passou a ganhar dois ratos, e o cão pediu aumento da alimentação.
Nesse ritmo, o armazém esvaziava, o gato queria mais ratos, cão queria mais comida, até que passou a desejar uma coisa ,que só pertencia aos homens, dinheiro. O gato com medo do cão, passou a roubar o caixa, e o cão sem saber o que fazer, enterrava o dinheiro.
Desgostoso, o comerciante vendeu a casa e o armazém, subiu no jegue e seguiu viagem. Sem saber para onde ir, o "ratão" arrumou um armazém mais distante, mar ao botar em prática o velho plano, foi pego por um gato honesto.
O cão lembrou-se do dinheiro furtado que enterrou, disse adeus ao gato, mas ao chegar no esconderijo, o buraco estava vazio. Perambulando sem dono, acabou pego pela carrocinha. Quanto ao gato, aprendeu a dividir restos de comida, com uma velhinha deu lhe deu acolhida.
O comerciante, abriu um novo negocio. como conseguiu? o jegue tem a explicação, via tudo o que os bichos aprontavam, e arrependeu-se de ter ficado calado, mas mostrou para o dono onde o dinheiro estava enterrado.
Não era muito, mas o bastante para recomeçar. Mas a partir de então, jurou pra si mesmo, que teria mais cautela ao cercar-se de bichos de confiança, e recomendaria também isso aos homens.
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