UMA SENTENÇA PROFERIDA NO SEPULCRO, SEM LAGOSTAS E VINHOS FINOS!
Por um lado, se há abundancia de dinheiro, para pagamento de super salários, que supera em muito juízes alemães e até norte americanos, e que possuem uma renda per capita, pelo menos 8 vezes maior. Cá entre nós, a alta remuneração não representa incentivo, tendo em vista a lentidão na efetividade das sentenças, que aos olhos do cidadão, é pra lá de nauseante!
Dados do CNJ, publicados em 2019, causa apreensão aqueles que esperam por justiça. O tempo médio, para que ocorra as sentenças impressiona, dá tédio. Estado como o Rio Grande do Norte, no âmbito da justiça estadual, pasmem! a sentença demora até 10 anos e 11 meses, somente em 1º grau.
No estado do Piaui, lá se vão 5 anos e 2 meses em 1º grau, e mais 1 ano e 8 meses, em recurso de 2º grau. Na Bahia a espera por sentença em 1º grau é de 4 anos e 9 meses, e outros 9 meses em recurso de 2º grau. No Ceará em média são 2 anos e 7 meses em 1º grau e mais 1 ano e 4 meses em recurso de 2º grau. Muito tempo para a expectativa de vida do brasileiro, precisaríamos ter longevidade de Matusalém.
Fatos acima citados, não podem ser considerados normal pela sociedade. E foi isso que entendeu, uma corajosa advogada do Rio Grande do Sul, depois de tanto esperar por uma sentença, do Supremo Tribunal Federal que nunca chegou, extravasou a sua indignação diante da morte do seu cliente de 82 nos.
"... esse processo, há 11 anos aguarda pronunciamento da corte (stf), entretanto não cumpriu até hoje o seu dever de prestar jurisdição de forma célere. A sociedade está cansada de um judiciário caríssimo, encastelado que desconsidera os que esperam pela efetividade e pelo cumprimento das promessas constitucionais."
"Esse desprezo pelo outro Vossa Excelência (Min. Rosa Weber) encarna tão bem, no fazer dormir um processo por pais de 11 anos, encontrou agora a morte um dos que esperam. É uma lástima que vimos nos autos juntar cópia do atestado de óbito (...) e dar-lhe parabéns pela demora!"
"Informamos também que as pompas fúnebres foram singelas, sem as lagostas e os vinhos finos que os nossos impostos suportam".
Esse é o nosso Brasil! onde o octogenário portador de mal de Parkinson , que necessitava de um desbloqueio de recursos para tratamento. A morte chegou primeiro, e a sentença pelo visto, será proferida no sepulcro!
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