sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O puxa saco em "é vento de beija mão"!

           O PUXA SACO EM "É VENTO " DE BEIJA MÃO!   
                          
             É um tipo de praga, que consegue 
proliferar, em tudo quanto é lugar. São conhecidos, por um diversificado sem número de nomes, tais como: puxa sacos, lambe botas, baba ovo e por aí vai.
            Pejorativamente,  os ingleses chamam esses troços,  de asslicker, asskisser , que traduzindo em um português claro - lambedor ou beijador de bunda! quanto ao perfil do babão, ele varia. Tem o papagaio falastrão, há também o sabe tudo, existe o super atarefado e o papai-Noel que vive a dar presentes, mesmo sem data comemorativa.
            O babão, não perde uma oportunidade para estar em evidência. Gosta de servir, mas está sempre a espreita de uma recompensa. Busca resultados a qualquer preço, nem que seja as custas de um fuxico. Faz de tudo para se manter informado, pois é um frequentador contumaz da "Casa Grande".
            Da alcova a cozinha, procura ter intimidade, ouve tudo, aumenta mas não inventa, é um especialista quando necessário, distorcer a verdade. Sobre o babão, não é demais dizer dizer, ele nunca acaba. Há sempre um curriculum novo para ser avaliado, sobretudo em época de eleição, vai politica, vem política, eles estão sempre presentes.
            Em geral são incompetentes, oportunistas, falsos, sonham com o seu candidato eleito, se necessário vendem a consciência  e alma para o diabo, para se locupletarem, usufruir de regalias, e serem momeados para cargos de confiança. 
            A bíblia pede cautela para esse tipo de gente. Está escrito em provérbios 20:19, "quem vive contando casos sigilosos, não sabe guardar segredos, portanto, evite a companhia de quem fala demais". Ainda em Provérbios 28:23, está também escrito: "quem repreende um homem achará favor,  mais do que aquele que bajula com palavras vãs".
           Há relatos desses entes desde o Brasil colônia. Após a chegada de D. João VI, o rei fujão, durante um "é vento de beija mão", na verdade um encontro de babão, para prática de vassalagem, sua majestade recebeu o traficante de escravos, Antônio Lopes, que o presenteou com a Quinta da Boa Vista. A partir de então, benefícios incontáveis foram concedidos ao babão corruptor.
           Visconde de Cairu, era outro áulico bajulador da corte. Através de negociatas, intermediou a "abertura dos portos", privilegiou os ingleses, impediu o desenvolvimento, com falsos argumentos comerciais e danos a  exportações  agrícolas.
           Com D.  Pedro I não foi diferente, um dos seus maiores amigos, foi o babão "Chalaça." Pau para toda obra, parceiro de noitadas de vinho, e alcoviteiro mor de "quengas" para o deleite do imperador. Nem mesmo no segundo império, Pedro II  escapou da investida de babões!
           Tendo agendado uma visita  a cidade de Alcântara, no Maranhão, tomou conhecimento que os barões de Mearim e Pindaré, disputavam na tapa, quem iria fazer a cerimônia de "beija mão" para recepcionar o imperador. Diante do impasse, e para não acirrar os ânimos, resolveu cancelar a visita para decepção dos puxa saco.
           Por aqui os babões também não perdem uma oportunidade. Agem  como na fábula de Procusto,  o ladrão, "se necessário cortar as penas e a cabeça, para acomodar o corpo" o fazem. Foi o que aconteceu em um recente "é vento". O arauto da mentira berrava, "hoje é dia de festa! E o coro de babões ganhava eco, conquista! ... comprometimento!...zelo! ...Presente!!!  eu também faço parte! 
          Quanta hipocrisia! bajulados e puxa sacos se completam, os interesses são iguais. Mesmo diante da mentira, continuam a dar-lhe crédito alimentando a vaidade. Um é digno do outro. "O mal de todos nós, é que preferimos ser arruinados pelo elogio, em ser salvo pela crítica (Norman Vicent).
              

             
           
        

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